04 May 2019 18:57
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<p>São Paulo - O ano era 717. Conta-se que o mestre budista Taicho Daishi resolveu se exercitar no monte Hakusan, na localidade de Ishikawa, localizada no sudoeste do Japão. À noite, em um sonho, uma divindade lhe disse haver a alguns quilômetros da montanha uma aldeia em que existia uma fonte de água com poderes altamente restauradores. Daishi foi até a aldeia, chamada Awazu, e mandou a Garyo Houshi, teu discípulo, que erguesse ali uma espécie de spa.</p>
<p>A história deste espaço, fundado em 718 e batizado de Houshi, tem muito de lenda. O caso é que o hotel se perenizou mantendo vivos valores milenares ao mesmo tempo que se modernizava no plano administrativo. No fato japonês, isto significou a travessia de ordens econômicas, políticas e sociais tão distintas quanto o shogunato, a fase do império expansionista e a democracia moderna que chegou a ser a segunda economia do mundo.</p>
<p>O modelo do hotel Houshi, tido como a corporação mais antiga do universo, é uma exceção mesmo na cultura japonesa. Porém sua admirável longevidade leva a reflexionar: o que faz com que alguns negócios sobrevivam ao tempo e outros — a maioria deles, na verdade — pereçam? Danny Miller, professor na École des Hautes Études Commerciales de Montreal e pela University of Alberta, ambas no Canadá, fez um estudo sobre o que leva alguns negócios de família a durar e outros a desaparecer. A conclusão, válida bem como pra companhias não familiares, é que as organizações que tiveram grande sucesso marcaram mais pontos em quesitos que ele classificou como continuação, comunidade, conexão e comando.</p>
<p>A perpetuidade diz respeito a ter um assunto ligado a um propósito econômico ou social. O termo comunidade representa o acontecimento de a corporação formar um grupo coeso por volta de valores claros e defendidos de modo intolerante — contudo com apego só a princípios, nunca rejeitando ideias inovadoras. Neste instante a conexão é uma fonte a alianças sólidas com públicos externos. Afinal, o comando, nas empresas bem-sucedidas, se oferece por meio de líderes que exercem a gestão com conhecimento, motivação e coragem para tomar as melhores decisões em favor do negócio.</p>
<p>A negligência em relação a estes fatores é, pra Miller, circunstância de perda de competitividade e, no limite, do fracasso total da organização. COMO IR BEM NAS PROVAS? , com tua curta história como nação e como economia organizada, produziu várias empresas que vêm revelando experiência de se conservar na ativa muito além do tempo de vida de seus criadores. Nomes como Gerdau, Hering e Klabin neste momento disputavam o incipiente mercado lugar há mais de um século.</p>
<p>A mais antiga organização da listagem é uma estatal: a Casa da Moeda, instalada em 1695 pelos governantes portugueses em Salvador, dessa forma a capital da colônia, pra cunhar moeda localmente. De imediato naquela época tratava-se de preencher um descompasso entre oferta e busca: a expansão da mineração de ouro e pedras preciosas e o crescimento do comércio colonial requeriam mais dinheiro em circulação.</p>
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<li>TRAJETORIAS DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA E SERVIÇO SOCIAL</li>
<li>Gestão Hospitalar</li>
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<p>A maioria das empresas brasileiras longevas, entretanto, é bem mais jovem: tem no máximo 141 anos. Era um período em que a chegada de imigrantes europeus e a expansão da cultura do café levavam o povoamento ao interior e impulsionavam a diversificação da economia. Num surto seguinte, após proclamada a República, a transformação de vilas em cidades multiplicou as oportunidades, sobretudo pro surgimento de indústrias. O desenvolvimento de centros urbanos prontamente atraía Chute Direito: Onze Melhores Técnicas Pra Chutar Em Provas De Concursos fornecedores estrangeiros de serviços. Foi o caso dos investidores Qual o preço Fazer Mestrado Em Portugal E Como Adquirir Bolsas concessionárias de energia elétrica e de operação de bondes no Rio de Janeiro e em São Paulo.</p>
<p>Pela relação de centenárias que constam de MELHORES E MAIORES, há duas descendentes dessas companhias que tomaram rumos abundantes. Uma delas é a Light (1899), ainda distribuidora de energia no Rio de Janeiro, todavia hoje uma organização de capital aberto e de controle brasileiro, com participação da estatal mineira Cemig e do BNDES.</p>
<p>A outra, que continua a ser controlada pelos canadenses, é a construtora e incorporadora que até 2009 se chamava Brascan, quando mudou o nome pra marca mundial Brookfield. O que há em comum entre essas organizações que resistem ao tempo no Brasil? O mundo dos negócios é basicamente darwiniano, ou melhor, só deixa sobreviver — e, em especial, amadurecer — quem evolui e se molda ao meio. “Nossa empresa atravessou as duas brigas mundiais, as ditaduras políticas de Getúlio Vargas e do governo militar de 1964, o tempo inflacionário e algumas dificuldades”, diz Jorge Gerdau Johannpeter, presidente do conselho de administração do grupo Gerdau.</p>